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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Artigo Pastoral: Rev Hernandes Dias Lopes

Eu tenho um sonho!!


O Rev. Martin Luther King Jr., pregou o seu mais famoso sermão para uma grande multidão sobre o tema: “I have a dream”. Seu grande sonho era ver a igualdade de direitos nos Estados Unidos entre brancos e negros. Ele viveu e morreu como mártir por esse sonho. Seu sonho era o sonho de um povo. Sua causa era uma causa que latejava no coração de uma nação.



Todos nós precisamos ter sonhos e ideais pelos quais viver e morrer. O apóstolo Paulo disse, “para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”. Passar pela vida sem um ideal é passar pela vida sem viver. Mas não basta ter um ideal, é preciso ter um ideal digno de Deus. Muitos vivem e morrem por sonhos mesquinhos e egoístas. Para muitas pessoas viver é ganhar dinheiro, é ter conforto, é colecionar diplomas e troféus, é beber todas as taças dos prazeres terrenos. Há muitas pessoas que estão embriagadas por devaneios. Alimentam-se de vaidade, nutrem a alma com a loucura do pecado. Esses, não morrem pelos seus sonhos, mas se preciso for, mentem, corrompem, e matam para realizar seus desejos tresloucados.



Meu sonho é ver a igreja amando ao Senhor de todo o coração, vivendo em alegre comunhão fraternal. Meu sonho é ver os filhos crescendo em obediência aos pais, e os pais criando os filhos na admoestação e disciplina do Senhor. Meu sonho é ver cada pessoa redimida no sangue do Cordeiro, sendo uma testemunha fiel do Evangelho. Meu sonho é ver pastores santos, pregando o Evangelho com fidelidade e no poder do Espírito Santo, trazendo glória ao nome de Deus, salvação para os perdidos e edificação dos crentes. Meu sonho é ver a igreja sendo um oásis para os sedentos, um lugar de refúgio para os cansados, um lugar de encontro para os perdidos, um lugar de vida, para os que estão mortos nos seus delitos e pecados. Meu sonho é ver a igreja investindo vida e recursos para fazer discípulos de todas as nações. É ver a igreja oferecendo o pão da vida para os famintos, a água viva para os sedentos, o remédio de Deus para os enfermos. Meu sonho é ver a igreja cumprindo cabalmente o seu ministério, testemunhando o evangelho da graça, vivendo no poder do Espírito, crescendo em graça e em números a cada dia.



Eu tenho um sonho. Por esse sonho quero viver e morrer. Para ver esse sonho cumprido, quero investir minha vida. Estou certo de que esse não é apenas o meu sonho, mas é o sonho de todos aqueles que amam ao Senhor e desejam viver para a glória do seu nome. Alguém disse, “Quando um ideal é maior do que a vida, vale a pena dar a vida pelo ideal.” Quero viver em Deus, por Deus, e para Deus. Ele deve ser o alfa e o ômega dos nossos sonhos. Dele, por meio dele e para ele são todas as coisas. Ele é o alicerce, o conteúdo e o alvo dos nossos sonhos. Realizar os sonhos do coração de Deus é mais importante do que realizar os nossos sonhos. Por isso, nossos sonhos só são dignos de ser vividos quando eles são os sonhos de Deus!



Rev. Hernandes Dias Lopes.(fonte:hernandesdiaslopes.com.br)

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Artigo Pr André Carvalho- VERDADES SOBRE O DÍZIMO !!

Volta e meia tem acontecido nos mais diversos meios de comunicação uma série de abordagens acerca da prática do dízimo, algumas coerentes outras tendenciosas, enfim, a verdade é que este tema tem sido objeto de muitas discussões .Baseado nesta realidade queremos apresentar neste texto uma abordagem clara, prática e concisa acerca do tema, não vamos fazer abordagens etimológicas ou históricas, somente uma abordagem bíblica pastoral buscando um entendimento acerca do assunto.

Em primeiro lugar precisamos compreender que o dízimo é acima de tudo uma questão de gratidão. O primeiro texto bíblico que relata a entrega do dízimo foi o de Gênesis 14:20, neste texto Abraão entrega ao sacerdote Melquisedeque a décima parte de tudo o que tinha conquistado fruto da vitória sobrenatural contra quatro reis que tinham seqüestrado seu sobrinho Ló e família, de uma forma sobrenatural Deus permitiu que Abraão com apenas trezentos e dezoito homens vencesse aqueles quatro exércitos, salvasse seus familiares e ainda adquirisse ali vários bens. Veja que Abraão entregou o dízimo porque reconhecia o favor de Deus sobre a sua vida, reconhecia que sem uma intervenção sobrenatural ele nunca teria alcançado êxito em sua trajetória, Abraão então entrega o dízimo de livre e espontânea vontade fruto do reconhecimento dos benefícios que o Senhor tinha plantado sobre a sua vida.
Bem, como o ato de dizimar é uma atitude de gratidão que passa pelas mãos de representantes de Deus, no caso de Abraão Melquisedeque, no nosso caso a igreja de Jesus em suas mais diversas expressões, é possível que algum tipo de erro possa acontecer na aplicação destes recursos, se bem que se houverem erros representam uma minoria inexpressiva, porém, um possível erro de aplicação não invalida a necessidade de demonstrarmos atitudes de gratidão a Deus por tantos benefícios que Ele nos tem dado.
Outro fato importante é que o dízimo é uma questão de justiça. Deus é um Deus de justiça, um salmista chega a afirmar : “ Justiça e direito são o fundamento do teu trono; graça e verdade te precedem.” Salmos 89:14. É justo que alguém que recebeu o amor e a graça de Deus através da Igreja oportunize outros a também receberem, é obvio que para que outros possam receber é necessário que as instituições e seus ministros estejam de pé, vigorosas na doutrina e nas finanças. Se estivermos gratos pelo que Deus fez por nós através do Cristo pregado pela Igreja precisamos amá-la e como fruto deste amor praticar o dízimo.
Existem diversos outros fundamentos que poderíamos citar aqui, porém, o que queremos deixar claro é que não deixaremos de pregar as verdades bíblicas por causa de nenhum episódio, minha bíblia continua falando de um Deus que salva, transforma, liberta, dá sentido a vida do ser humano, cuida dos órfãos e das viúvas e nos ensina a gratidão através do dízimo. Cremos em toda a bíblia e continuaremos a pregá-la com toda a força da nossa existência independente das circunstâncias. Um episódio confuso não pode apagar da memória de nosso povo o que milhares de homens de Deus nesta nação tem feito em prol de nossa sociedade.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Artigo Teológico Pr Alcione Emerich


VOCÊ PENSA DIFERENTE DE MIM?


Um dos piores sintomas da religiosidade em nossos dias“Ora, o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças” (Luc 15:25). Assim, que ele vai se aproximando de sua casa, ele escutou algumas coisas “estranhas” aos seus ouvidos: músicas, danças, gritos, festa, etc, e estas lhe trouxeram uma série de questionamentos que fará em seguida. O fato é que a marca dos fariseus era a rigidez. Você sabe que quem pensava diferente deles, corria o risco de morrer. Foi isto que aconteceu com Jesus e com todos os demais discípulos. Quando o irmão mais velho e se depara com um quadro diferente em sua casa, todas estas coisas lhe fizeram muito mau e ele foi obrigado a discordar de cada uma delas.


Os fariseus, na maioria, estavam sempre fechados ao diálogo. O pensamento deles era a verdade, e fim de papo! Esta é também minha preocupação em relação aos evangélicos e líderes da atualidade. Você não acha que neste quesito somos muito parecidos com os fariseus? Você já percebeu também, que em nosso meio, se alguém pensa diferente do outro, praticamente não se pode conviver mais juntos? É muito comum, em nosso meio, os tradicionais criticarem os pentecostais, e igualmente, os pentecostais criticarem os tradicionais. Mesmo dentro de uma denominação específica, discordar de algum ponto, é correr o risco de “perder a cabeça”. Sabe por que? Há “fermento de fariseus” em nossa mentalidade! Esta mesma rigidez teológica e litúrgica do farisaísmo é uma realidade no nosso meio.


Já desde 1994 que tenho visitado as mais diferentes denominações evangélicas deste país e algumas até fora do Brasil. O nosso curso também já formou mais de 1000 pessoas, desde esta data. Eu creio que Deus me deu um ministério inter-denominacional. Mas por que estou dizendo isto? É triste constatar, mas quando vou em qualquer lugar, e quando o pastor me pega no aeroporto, e temos oportunidade para conversamos sobre sua igreja local, sua cidade, etc., sempre surge uma conversa do tipo, “mas pastor Alcione, há um sério problema em nossa região”. Quando o pastor diz isto, ele não precisa nem terminar a conversa porque eu já sei o problema: As igrejas e nem os pastores se unem! O problema é que eles acham que este é um problema apenas da sua região, não sabendo que esta é uma realidade quase que generalizada do evangelho em solo brasileiro: a nossa desunião. Na última viajem que fiz neste fim de semana, numa cidade do Rio de Janeiro, o pastor me disse que em conversa com um funcionário público da região, envolvido na política da cidade e também espírita, ele disse ao pastor, “Mas é incrível como vocês evangélicos não se unem para nada!”. O que responder mediante uma afirmação tão verdadeira como esta?


Você sabe por que temos tanta dificuldade para nos unir-mos? “Fermento dos fariseus”, espírito de religiosidade em nosso meio. Lembre-se que a marca dos fariseus era a rigidez e um pensamento completamente fechado. Mas aprendemos com Jesus e com os demais apóstolos, que tal realidade não se passava assim no primeiro século. Fiquei surpreso com o relato de Lucas, quando ao registrar os primeiros anos de Jesus, descreve um episódio um tanto “embaraçador” para os seus pais. Jesus quando tinha apenas seus doze anos, permaneceu em Jerusalém dialogando com os doutores da lei da época, enquanto seus pais regressavam para a Galiléia. Ao darem-se conta disso, Maria e José voltaram a Jerusalém atrás do seu filho. Ao encontrarem-se, Maria disse a Jesus, “Filho, por que fizeste assim conosco? Teu pai e eu, aflitos, estamos à tua procura” (2:48). Veja a resposta de Jesus, “Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?” (2:49). Sempre vi esta resposta de Jesus aos pais num tom de “mal-criação”. No entanto, diz o versículo adiante, que Jesus “desceu com eles para Nazaré; e era-lhes submisso” (2:51). O fato é que temos aqui duas opiniões divergentes. Maria chamou a atenção de Jesus, e ele deu a ele o seu parecer. Não havia nesta época em dar “opiniões diferentes”. Pensar e falar o que se pensa, mesmo que isto seja diferente do que o líder ou um pai acha, não é rebelião. A Escritura diz que Jesus era-lhes em tudo “submisso”.


Paulo também quando escreveu aos filipenses, dando seu parecer doutrinário em algumas áreas, disse também a esta igreja, “e se, porventura, pensais doutro modo, também isto Deus vos esclarecerá. Todavia, andemos de acordo com o que já alcançamos” (3:15,16). Paulo não disse: Se vocês pensarem diferente, são do capeta! Também não disse, “eu é que sou o certo, se pensarem de outro modo, tratem de mudar de igreja, porque aqui não poderão ficar”. Nada disso, o apóstolo era maduro o suficiente para respeitar opiniões divergentes das suas, que não implicavam as linhas mestras do evangelho. Há uma outra passagem, onde o próprio Paulo emite sua opinião sobre o casamento. Ele achava que era melhor ficar solteiro, para que assim pudesse se servir melhor ao Senhor. “Com respeito às virgens, não tenho mandamento do Senhor; porém, dou minha opinião como tendo recebido do Senhor a misericórdia de ser fiel” (I Cor 7:25). Ele disse, “dou minha opinião”. Paulo não foi execrado por isso, muito embora, a igreja de hoje, ache melhor o pastor ser casado ou o próprio cristão, haja vista a declaração do livro de Gênesis, “não é bom que o homem esteja só” (2:18). Em Atos, vimos Paulo discordar de Barnabé, no início do seu ministério. Veja o relato, “ Alguns dias depois, disse Paulo a Barnabé: Voltemos, agora, para visitar os irmãos por todas as cidades nas quais anunciamos a palavra do Senhor, para ver como passam. E Barnabé queria levar também a João, chamado Marcos. Mas Paulo não achava justo levarem aquele que se afastara desde a Panfília, não os acompanhando no trabalho. Houve entre eles tal desavença, que vieram a separar-se. Então, Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. Mas Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu encomendado pelos irmãos à graça do Senhor. E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas.” (Atos 15:36-41 RA)


Nem Paulo e nem Barnabé foram execrados pela igreja da época, porque divergiram neste ponto em particular, sobre levarem ou não a João Marcos. A igreja respeitou a decisão de ambos. Não creio também que eles tenham se tornados adversários um do outro. Pelo contrário, houve respeito. Isto também deveria acontecer em nosso meio.


Em muitas denominações, falar o que se pensa e divergir de um pensamento, é um ato aberto de rebelião. Desta forma, as pessoas se calam e acabam falando nos bastidores. Eu prefiro estar do lado de alguém que divirja de mim em algum ponto e me fale (e caminhe comigo), do que alguém que acena positivamente a cabeça para tudo que falo, mas por trás ou no seu coração, diz ou pensa exatamente o contrário. Não é problema nenhum o liderado chegar ao líder e dizer, “Meu pastor, neste ponto, pensamos diferente por causa disso, disso e disso...mas saiba que respeito sua liderança, e permaneço fiel a ela e também respeito o seu pensamento”. Lembrem-se pastores: nós não somos “Deus”, por isso nem tudo que falamos é a mais pura verdade. Aceite pensamentos diferentes dos seus, ore acerca disso, só assim poderá crescer e não ser traído lá adiante, por alguém que “aparentemente sempre caminhou ao seu lado”. Seria uma benção se tivéssemos maturidade para isso, mas como você sabe, na maioria das vezes, não é assim que as coisas sucedem-se.


Quando precisei desligar-me de minha denominação de origem, por divergir de alguns pontos, primeiramente, fiz todos os esforços para permanecer lá, mesmo sabendo que não concordávamos em todos os pontos. No entanto, como eu mesmo já previa, pensar diferente no meio evangélico, é ser muito mal visto pela maioria. Constrangido a desligar-me, após ler minha carta de desligamento e agradecer à denominação por tudo que havia aprendido ali com eles, fui saindo por aquele corredor muito constrangido. No meio de mais ou menos uns 60 líderes, não me lembro de ter sido abraçado ou de receber o aperto de mão de não mais que um irmão. Fiquei muito triste. Por que tem que ser assim? Não iremos morar no mesmo céu? O que nos impede de caminharmos juntos e vivermos o amor que Cristo nos ensinou, por discordamos de coisas tão pequenas? Será que no céu moraremos em condomínios fechados e com cerca elétrica, onde quem discorda em algum ponto de nossa teologia não poderá entrar? Não tenho dúvidas de que há “fermento de fariseus” em nosso meio, a religiosidade entrou em nossos corações.


Não sei se concordará com o que vou dizer: Em nosso meio, pensar diferente, é correr o risco de ser tão maltratado como o próprio diabo! (talvez até mais maltratado). Passamos a ser a escória da denominação ou da igreja e tornamo-nos na visão de muitos o pior dos inimigos! Posso estar errado ou até mesmo exagerando, mas esta é a minha impressão pessoal. Dentre as mais de 150 igrejas que já dei seminários de um final de semana, vem-me a mente, uma que precisei viajar longas horas para estar lá. O pastor tinha algumas dificuldades com a teologia da batalha espiritual, mas ainda assim decidiu convidar-me após ler um dos meus livros. Chegando lá, fui muito bem recebido, com toda alegria. Preguei na primeira noite, tudo estava bem, nada contrariou a teologia deste pastor, por isso, ele nos levou para comer fora na primeira noite. O problema começou a partir do segundo ou terceiro dia, quando algumas idéias já não mais batiam. Resultado: ele já não passava para nos levar para comer. No primeiro dia, pedimos um marmitex, no segundo, solicitamos a ele que alguns irmãos nos levassem para comer. No final do seminário, nem foi despedir-se de nós. Eu fiquei muito triste com isso. Porque é tão difícil sabermos respeitar as diferenças e aprender com elas!?


Quero concluir este tópico, dizendo o seguinte. Se tivermos esta mentalidade religiosa tão rígida a ponto de não sabermos reter o bom, respeitar as pessoas, amar os diferentes, saber que não sou o dono da verdade e que o outro pode estar certo e eu errado, cuidado que Deus poderá nos fazer uma grande surpresa. Já imaginou se Deus, nas mansões celestiais, o colocar para morar ao lado de um vizinho egresso de uma denominação ou teologia que mais detestava aqui na terra? Se não suportava, por exemplo, os pentecostais por causa das “línguas estranhas”, já imaginou ter de conviver com seu vizinho falando em línguas o dia todo? Mas se você detestava e criticava os tradicionais pelos hinos cantados das harpas, já pensou ter de conviver com algum deles cantando tais canções o dia todo no seu ouvido, por morarem exatamente ao seu lado? Imagine também você ter de morar ao lado daquele irmãozinho que você odiava por ele ser “amilenista” e não “pré-milenista” como você? Pior: morar ao lado daquele cidadão que acreditava na teologia das maldiçoes, e você o detestava profundamente por causa disso? Quem sabe também morar ao lado daquele teólogo, escritor ou pastor que pregava idéias tão diferentes das suas em alguns pontos (e que você criticava até espumar a boca, a ponto de vê-lo como pior inimigo)? Você irá conseguirá amá-lo?


Saiba: não céu não haverá muros, nem condomínios fechados, nem cercas e talvez nem teto em nossas moradias. Não haverá espaço para se esconder. Você deverá amar e servir a todos!


Pr. Alcione Emerich

*** Extraído do livro, "Desmascarando o Espírito de Religiosidade" - Lanaçamento em Breve



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