ESTE ESPAÇO DE REFLEXÃO É SEU. MANDE SEU ESTUDO PARA SER PUBLICADO!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Artigo : Rev Augustus Nicodemus

Entenda o que Deus nos ensina a respeito do dinheiro
Os abusos quanto ao levantamento de recursos financeiros praticados por algumas igrejas acabaram por tornar bastante delicada a questão da contribuição financeira nas igrejas evangélicas em geral. O abuso, porém, não invalida a realidade de que as igrejas genuinamente evangélicas precisam de recursos para manter seus trabalhos regulares. A Bíblia nos ensina várias coisas acerca do dinheiro.


1) De quem é o dinheiro? Todas as riquezas que existem no mundo pertencem a Deus, por direito de criação (Salmo 24.1) e por direito de capacitação, isto é, é Deus quem nos dá saúde, forças e oportunidades para ganharmos dinheiro (Deut 8.18). O cristão deve se conscientizar­ de que ele é apenas gerente­, e não dono dos recursos de que dispõe.


2) Deus tem um plano para o dinheiro­ que nos confia. (a) Devemos suprir as nossas necessidades e da nossa família. Deus sabe que temos necessidades (Mateus 6.31-32) e que o dinheiro­ é usado­ para supri-las (Atos 20.34). (b) Deus deseja abençoar outros por nosso intermédio. Devemos usar nossos recursos para ajudar os irmãos que estão passando por necessidade (Romanos 12.3), aqueles que são pobres (Deut 15.7-8). (c) Devemos usar o dinheiro­ para sustentar a obra de Deus neste mundo, através das contribuições regulares e proporcionais que fazemos para a Igreja e organizações evangélicas envolvidas com a evangelização do mundo e as obras sociais. (d) Através do dinheiro, Deus quer mostrar seu poder e bênção, suprindo as nossas necessidades (Mateus 6.33), despertando assim gratidão em nosso coração (Deut 8.18) e recompensando fielmente os que contribuem de forma voluntária e regular para sua obra (Malaquias 3.10). Todo cristão sincero deveria refletir sobre o uso que faz do dinheiro, lembrando que prestará contas a Deus, como um gerente presta contas ao proprietário.


3) Princípio gerais para o uso do dinheiro. A Bíblia nos ensina muitas coisas sobre como devemos gastar o dinheiro que Deus nos permite ganhar. Quando observamos estes princípios, podemos evitar mais facilmente a escravidão financeira. Eis aqui alguns deles. (a) Aprender a gastar sabiamente. Devemos planejar nossos gastos (Lucas 14.28-30; Provérbios 19.2) e parar com despesas desnecessárias (Isaías 55.1-2). (b) Não presumamos da graça de Deus. Conheci um casal cristão que comprou um bem valioso e pagou com cheque pré-datado, orando para Deus mandar o dinheiro­. O dinheiro não veio, e a coisa acabou na justiça, com péssimo testemunho contra o Evangelho. Não devemos tentar a Deus querendo ter um padrão de vida que é acima dos nossos recursos. (c) Pratique a respiração financeira. O Senhor Jesus nos ensina em Lucas 6.37-38 que recebemos na mesma proporção em que damos. É verdade que Deus nos abençoa financeiramente apesar de nossa falta de amor para com outros, mas ele tem prometido abençoar de forma especial os que dão abundantemente para os necessitados. (d) Evite estas coisas o máximo que puder: tomar emprestado para comprar algo que se desvaloriza facilmente (Deut 15.6; Prov 22.7); ficar por fiador de estranhos (Prov 11.15; 17.18).


O dinheiro tem escravizado muitos cristãos. Mas quando aprendemos a usá-lo segundo os ensinos da Bíblia, torna-se instrumento do bem aqui neste mundo.


Augustus Nicodemus Lopes

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Artigo : Pr Silas Quirino


CONSIDERAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A LIBERTAÇÃO ESPIRITUAL/EMOCIONAL EFETIVA.


Disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: "Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará." Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres. João 8.31, 32 e 36

1) Não há LIBERTAÇÃO VERDADEIRA sem FÉ-RENDIÇÃO total a JESUS CRISTO COMO Senhor absoluto, ou seja, Senhor da totalidade de nosso ser:
[ Somente há libertação verdadeira em Jesus Cristo e através dEle — é o que Ele nos diz em João 8.31,32 e 36. A libertação do império das trevas, do engano e domínio mental/emocional e espiritual dos demônios, da ca e e do mundo é a PRIMEIRA manifestação da SALVAÇÃO na experiência de uma pessoa. Veja João 10.10.
2) A FÉ-RENDIÇÃO a Jesus Cristo manifesta-se através do ARREPENDIMENTO ESPIRITUAL verdadeiro (não apenas intelectual ou emocional — estes produzem apenas remorso e fuga). Entenda a Palavra de II Coríntios 7.9,10.

3) Uma vez sob QUEBRANTAMENTO ESPIRITUAL, que é evidência ou fruto do ARREPENDIMENTO e da CONFISSÃO sincera de/dos pecados diante da santidade de Deus, EM NOME DE JESUS CRISTO, é que então, pode-se QUEBRAR, ROMPER, CANCELAR todos os pactos feitos com os demônios, o império das trevas. Pactos FORMAIS e INFORMAIS.
Formais são os pactos estabelecidos através de cerimônias, rituais, oferendas; as alianças verbais, de sangue, etc. INFORMAIS são pactos que vão sendo estabelecidos através de PECADOS CONTINUADOS e/ou de pecados não-confessados que ficam guardados. Todo pecado é um tipo, uma forma de PACTO COM O DIABO. Em I João 3.8 a Palavra de Deus orienta que “QUEM COMETE PECADO É DO DIABO, PORQUE O DIABO PECA DESDE O PRINCÍPIO”. Todo arrependimento espiritual verdadeiro é fundamentalmente uma quebra de pactos, de alianças com os demônios, com o diabo; tanto dos FORMAIS quanto dos INFORMAIS e estabelecimento de PACTO com Deus e com a própria pessoa. (O “INVENTÁRIO” é apenas um meio para facilitar na identificação conjunta de tudo que precisa ser reconhecido, mediante a confissão e renúncia consciente).
Não há LIBERTAÇÃO VERDADEIRA sem FÉ-RENDIÇÃO total a JESUS CRISTO COMO Senhor absoluto, ou seja, Senhor da totalidade de nosso ser
4) Toda quebra de PACTOS/ALIANÇAS demoníacas com as trevas, FEITA NESTES TERMOS, mediante o SANGUE DE JESUS ( o sangue da nova aliança) e em NOME DE JESUS, é confirmada no céu. Veja Mateus 16.19; 18.15-18; I Cor.11.25; Mat.26.28; I Ped. 1.2,18,19: Heb.10.19-23; Col. 1.20-23: Ef.2.11-13; Rom. 5.6-10; Heb. 9.10-15; Apoc. 12.9-11.
Tendo sido os pactos devidamente quebrados, nestes termos, os demônios não podem mais reivindicá-los, nem explorar a pessoa — contudo, se a pessoa SE ENLAÇAR com o MUNDO, e não romper com as OBRAS da ca e, os demônios RETORNARÃO ao controle, porque com tais atitudes a pessoa estará NEGANDO a FÉ-RENDIÇÃO a Jesus Cristo como seu Senhor absoluto. Veja Lucas 11.24-26.

5) Qualquer PESSOA, independentemente do nível de experiência de conversão (rendição a Jesus Cristo como seu Senhor) que tenha tido, SE NÃO DECIDIR alimentar-se devidamente, com entendimento espiritual da Palavra de Deus (a Bíblia ) e NÃO DECIDIR OBEDECER ao que o Deus Vivo (Pai, Filho, Espírito Santo) diz, orienta, encaminha em Sua Palavra, NÃO VENCERÁ o mundo, nem a ca e. E o diabo (os demônios) voltará ao controle de sua mente, vontade, emoções e vida. Considere sabiamente a Palavra de Jesus em Mateus 7.21-27.

ALERTA ! ALERTA! PERIGO !
RAIZ DE AMARGURA: Uma armadilha satânica e infernal

A principal armadilha que o diabo usa para neutralizar e/ou reassumir controle através das obras da ca e, reimprimindo paixões mundanas na alma de pessoas que provaram conversões verdadeiras, enchendo-as de terríveis espíritos de incredulidade, depois de terem provado, experimentado Jesus Cristo verdadeiramente (veja I Pedro 2.1-3), É A RAIZ DE AMARGURA. Decore Hebreus 12.15 e imprima esta advertência do nosso Deus em seu espírito. Veja na versão contemporânea, na NVI e em outras.
A “raiz de amargura” é uma poderosíssima arma maligna contra os filhos de Deus, e não importa quantos anos de vida vitoriosa um crente tenha tido. Ao dar lugar a ela, sua fé começará secar; as obras da ca e começarão a crescer nele e logo os demônios o neutralizarão. Alguns se to am incrédulos e, depois de anos de vida em Cristo, to am-se mundanos e se apostatam por causa de efeitos dela.
A “raiz de amargura” reabre as portas na alma e no espírito da pessoa (crentes verdadeiros) para demônios, espíritos de incredulidade, reto arem. Aliás, essa é uma causa pela qual eles lutam o tempo todo, e a arma mais eficiente que têm é esta: A raiz de amargura.

A Raiz de amargura é formada através das ofensas, agressões, injustiças, sofrimentos, prejuízos, perdas, decepções, qualquer tipo de mal ou experiências negativas que uma pessoa tenha sido vítima ao longo da vida ou em determinadas situações. Os demônios e o mundo, através das pessoas, têm “mil e uma” maneiras para produzir isso em todas as pessoas. O “infe o” trabalha com esse instrumento o tempo todo. E quando as pessoas usadas são evangélicas, os efeitos dessa arma são ainda maiores.

Os principais objetos contra os quais se concentram a raiz de amargura são: Pessoas, circunstâncias da vida e o próprio Deus. Muita gente vive cheia de amargura contra tudo e especialmente contra Deus. Onde houver qualquer tipo de raiz de amargura, há aprisionamentos espirituais e uma ação contínua de tormentos.

As formas através das quais a “raiz de amargura” se manifesta são: ressentimento, mágoa, ira, ódio, contenda, inimizade, tristeza, frustração, incredulidade, murmuração, maledicência, sentimento e impulso de vingança e etc. Na verdade a “raiz de amargura” abre as portas para todas as obras da ca e ( veja Gal.5.19-21) e para vários demônios.

Conforme está no texto bíblico, a amargura tem RAIZ. Quando ela é recebida e/ou encontra espaço em uma pessoa, vai se enraizando cada vez mais na alma dela e aprisionando o seu espírito. Esse enraizamento passa do consciente para o inconsciente das pessoas e as atormentam por toda a vida.

Muita gente se converte, mas não se livra/liberta da raiz de amargura, por isso começam a vida cristã com entusiasmo e alegria, mas depois de algum tempo esfriam e/ou abandonam o Evangelho, a Palavra de Deus, o povo de Deus (a igreja) e Jesus Cristo.

A “raiz de amargura” é uma poderosíssima arma maligna contra os filhos de Deus, e não importa quantos anos de vida vitoriosa um crente tenha tido. Ao dar lugar a ela, sua fé começará secar; as obras da ca e começarão a crescer nele e logo os demônios o neutralizarão.

Muita gente se converte, mas não se livra/liberta da raiz de amargura, por isso começam a vida cristã com entusiasmo e alegria, mas depois de algum tempo esfriam e/ou abandonam o Evangelho, a Palavra de Deus, o povo de Deus (a igreja) e Jesus Cristo.
fonte: http://www.pastorsilasquirino.com.br

sexta-feira, 9 de abril de 2010

artigo CAIO FÁBIO:CONSTANTINO, LACTÂNCIO E O CRISTIANISMO...


Depois da Era Apostólica Original, a comunidade mais ampla dos discípulos que permaneciam fiéis à Palavra dos Apóstolos já mortos, estava cansada...; e as coisas somente pioravam...
Já tinham passado por dez grandes perseguições gerais, muitas outras em regiões especificas, e infindas de natureza individual e pessoal.
Os Apóstolos haviam dito que “o tempo estava próximo”; mas eles próprios haviam partido e o Senhor não voltava...
Enquanto isto [...] não sabiam se ficavam nas cidades ou se buscavam refugio nos montes, covas, florestas, regiões distantes, em cidades subterrâneas, ou nos infindos túneis que cavaram [...], como ainda hoje se vê em muitos lugares, especialmente na Capadócia, na Turquia.
Aos olhos deles todas as predições de Jesus e dos Apóstolos estavam já cumpridas, pois, tudo o que tinham visto nos últimos 280 anos eram guerra e rumores de guerra, revoluções, terremotos, vulcões poderosos e devastadores, pragas, mortes em quantidade impensável, pestes chacinadoras, como nos dias do Imperador Décio; além de que não lhes faltaram [de Nero em diante] inúmeros candidatos perfeitos ao posto de Besta e de Anti-Cristo na Roma/Babilônia, na Grande Meretriz, na Cidade das Sete Colinas.
Entretanto, apesar de tudo, quanto mais sofriam, mais cresciam e se espalhavam; de modo que a perseguição sempre foi o maior espalhador das sementes do Evangelho pelo mundo, desde o tempo dos Imperadores Romanos.
Todavia, o Senhor não voltava...; as perseguições não cessavam; e nem o Império se convertia...
Foi nesse tempo de cansaço de esperança, porém de crescimento pela perseguição, que surgiu o Imperador Constantino.
O Império estava divido, enfraquecido, invadido, somente se impunha pela força dos mercenários e das expansões feitas pela brutalidade; enquanto Roma sucumbia à devassidão, à lassidão, à volúpia, a dês-humanização...
Do mesmo que o Império estava enfraquecido [...] seus deuses também estavam; posto que não impedissem as invasões bárbaras; nem as rebeliões de escravos; nem as revoltas das nações conquistadas; nem os terremotos, nem as pragas, nem os vulcões, nem dassem aos romanos nada que não fosse por eles tomado no saque que faziam às nações que submetiam..., ainda que nunca definitivamente...
O Senhor não voltava, mas Constantino aparecera... Aleluia!... Gritavam os crentes!
Metido na sua corte, como seu escriba, estava um cristão chamado Lactâncio. Foi Lactâncio o “profeta” de Constantino, sim, pois foi dele a interpretação de que o meteoro caído diante deles antes do ataque a Roma, para tomar o poder, era um sinal de Jesus de que Constantino era o “escolhido”, o “cristo da história”, o Imperador que, pela espada, imporia o Reino de Deus, ainda que a proposta fosse a de que o império romano de Constantino não teria fim, sendo uma espécie de “reino davídico dos cristãos” — o que se tornou realidade/engano pelo fato de que a Igreja Católica Apostólica Romana é a Roma de Constantino viva até aos dias de hoje...
Lactâncio teve um papel fundamental na construção do Constantino Décimo Terceiro Apóstolo de Jesus, o apóstolo imperador, o apóstolo da espada, o apóstolo das glórias terrenas e da Igreja Triunfante na Terra, não nos céus.
Foi de Lactâncio a inspiração de que o “tamanho da igreja e sua presença em todo o império”, seria de grande valor político para Constantino. Foi dele a idéia de colocar a chamada Cruz de Constantino como novo Emblema do Império, substituindo a Águia.
Também foi dele a idéia de fazer da fé em Jesus uma Religião Oficial no Império. Sim, o escriba Lactâncio foi um cristão cansado de ser perseguido, e que estava próximo demais do poder para não tentar influenciar em nome de Jesus...
Ora, Lactâncio começou apenas buscando mais tolerância para os cristãos [...], mas depois de um tempo suscitou no Imperador a certeza política de que o grupo dos escravos amantes de Jesus era a melhor base de apoio que ele poderia ter no Império, dado ao tamanho e à capilaridade da igreja dos discípulos de Jesus.
Foi dele também a idéia de que o Imperador agradaria aos cristãos construindo Basílicas nos lugares mais históricos para a fé dos cristãos...
Ele foi a peça fundamental também na construção dos elos entre o Imperador e os bispos das igrejas locais, ainda escondidas e intimidadas.
Da noite para o dia os bispos viravam eminências pardas.
Depois Constantino aprendeu a andar com as próprias pernas, manobrando os bispos na medida em que lhes dava poder...
Foi por tal poder que o antigo crescimento dos cristãos se perdeu, virando inchaço e adesão... Logo surgiram os sincretismos... A seguir a bruxaria tomou conta em nome de Jesus, de um lado; e, de outro lado, surgiram os eruditos oficiais dos ditos de Deus, os teólogos; tudo sob o patrocínio do Imperador.
Constantino continuou matando e sendo inclemente com muitos... Foi ele quem primeiro invocou em “nome de Jesus” o principio diabólico da guerra santa e da igreja de espada na mão.
As raízes do Cristianismo Constantiniano [aliás, o único Cristianismo, posto que Jesus nunca tenha fundado nenhuma religião ou Cristianismo] — determinam até hoje quase tudo aquilo que a “igreja” chama de “Deus”, de “Jesus”, de “Igreja”, de “Doutrina”, de “Poder”, de “Estado”, de “Direito”, de “Ciência Teológica”; e está presente em todas as formas de governo e disciplina na “Igreja”.
Ora, como Jesus não voltara, mas Constantino aparecera como um ladrão de noite, os crentes logo celebraram a vitória de Constantino como uma manifestação da vinda do Senhor de forma diferente; como reino glorioso feito pelo poder de um império de trevas...
Em menos de trinta anos um grupo de milhões de discípulos de Jesus, que viviam de modo singelo e hebreu no caminhar, se tornou o poder dominante de um Império, do maior de todos os Impérios, do Império Romano; e, assim, sem pestanejar, reinterpretaram Jesus e a Sua vinda; e celebraram o reino de Deus nas garras da Meretriz Oportunista, que agora apenas dava aos famintos a chance de transformarem pedras em pães, de pularem do Pináculo do Templo com a escolta de anjos imperiais, em troca de darem apenas apoio político ao Imperador, enquanto eles, a agora não mais Igreja, mas apenas “igreja” [...], ganhavam todos os reinos deste mundo...
Praticamente ninguém mais conseguiu ser cristão sem levar alguma marca da Besta Constantiniana; sim, seja nos temas da vida; na idéia acerca de quem é Deus; ou acerca da Trindade [esquartejada em Nicéia]; ou da noção de influencia do Reino de Deus neste mundo; ou de guerra santa e justa; ou de evangelização; ou de teologia; ou de credo; ou de modo de governo; ou de importância humana e histórica; e de um monte de outras coisas... — que não nos tenham vindo como herança de Constantino; e que influenciaram toda a “Cristandade”; e que deram forma ao Cristianismo, que fizeram uma Dieta no Protestantismo, mas que nele não perderam o DNA; e que hoje estão revividas com todas as forças entre os Evangélicos, todos eles, mas especialmente entre os Neo-Pentecostais.
Hoje Constantino tem no Brasil a cara de um Macedino!...
Constantino é o Pai do Cristianismo!...
O Católico, ou Universal em Constantino, não são termos que têm o sentido da catolicidade e da universalidade do espírito de tais termos conforme o espírito do Evangelho.
Católico e Universal em Constantino são termos que significam exatamente aquilo que os termos Católico e Universal se tornaram no Cristianismo...
Sim, Constantino é o Pai do Cristianismo!... Somente ele; e Jesus esteve fora...; sempre...
Jesus esteve presente [...] como apenas sempre apenas nos corações [...]; mas nada teve a ver com toda a História da Igreja [...] de Constantino para cá.
Jesus teve a ver com a história de milhões de pessoas, mas não com a História da Igreja de Constantino, que é todo o Cristianismo, especialmente em sua manifestação ocidental, ainda que o fenômeno tenha sido “católico” em sua influencia “universal” do reino imperial de “Deus”...
Esta é a razão de a “igreja” ser tão diferente de Jesus e tão semelhante a Constantino.
Sim, pois o espírito do Cristianismo sempre foi e será “romano” em seu DNA; e tal espírito é anticristo em relação ao Evangelho de Jesus.
Somente o diabo faz de conta que não foi e não seja assim!
Sim, mano, olhe no espelho e veja que você é a cara do Imperador Constantino; pois, se seu espírito é do Cristianismo, então, é de Constantino que você é filho!
É por esta razão que eu creio que o Cristianismo é irreformável...

Nele, em Quem não tenho nenhuma dúvida acerca do que disse acima,

Caio

segunda-feira, 8 de março de 2010

Artigo Pr Ed René Kivitz


Reposta do Pr Ed René Kivitz a afirmação da supremacia Católica Romana frente as outras igrejas cristãs feita por Bento XVI


Uma declaração cristã


Meu impulso inicial foi chamar este post(artigo) de “Resposta a Bento XVI”, mas logo desisti, pois seria atribuir demasiada importância ao pronunciamento do Vaticano. Chamo de “Uma declaração cristã” para ser coerente com o pensamento de que em tempos de pós-modernidade e pluralismo (que alguns confundem com relativismo) não cabem afirmações categóricas. O máximo que um cristão pode fazer é “uma declaração cristã”, pois a declaração cristã sugere a unanimidade entre os cristãos, o que certamente existirá apenas no céu.


O documento "Respostas a Questões Relativas a Alguns Aspectos da Doutrina sobre a Igreja" elaborado pela Congregação para a Doutrina da Fé e ratificado pelo papa Bento 16, afirma que "a única verdade da fé cristã encontra-se na Igreja Católica", cria a ocasião para uma declaração cristã.

Conforme bem advertiu Pierucci:


Não bastassem a arrogância fundamentalista da "Christian America" monoteísta do governo de George W. Bush e a truculência fundamentalista do monoteísmo intransigente dos aiatolás e talebãs, agora vamos ter pela frente, para completar, mais esta espécie do mesmo gênero: o fundamentalismo católico, que afirma o primado cristão da verdade católica no universo multicultural das igrejas cristãs agora declaradas "não-igrejas" ou "igrejas lacunares".

[ANTÔNIO FLÁVIO PIERUCCI, Folha de S.Paulo, 17 de julho de 2007]


Rejeitei, portanto, e de imediato o pronunciamento do Vaticano. Primeiramente porque poderia argumentar da legitimidade do protestantismo. Poderia advogar em favor do protestantismo, mas cairia no mesmo erro do Vaticano: reivindicar posse da verdade. Seria também vítima do equívoco que confunde o corpo místico de Cristo com as instituições que pretendem representá-lo na história.


Depois considerei afirmar que a verdade a respeito da fé cristã não se encontra nem no Catolicismo nem no protestantismo, mas nas Escrituras, ou na Bíblia Sagrada, compreendida como a coletânea de textos canônicos: a Lei de Moisés e os Profetas do Velho Testamento e os escritos apostólicos do Novo Testamento. Nesse caso, tanto o catolicismo quanto o protestantismo seriam apenas interpretações das Escrituras. Mas logo percebi que cometeria outro erro, a saber, confundir doutrina com verdade: tanto o catolicismo quanto o protestantismo articulam a fé cristã em termos dogmáticos e doutrinários, nos termos da modernidade com sua razão-mania que pretende fazer caber a verdade cristã em um conjunto de teorias filosófico-teológicas. Além de confundir doutrina com verdade, confundiria a experiência com o Cristo ressurreto com a apropriação intelectual das teorias que pretendem explicá-la.


Indo um pouco mais longe, considerei que a tentativa de estabelecer as Escrituras como lócus da verdade a respeito da fé cristã desconsideraria o fato de que a Bíblia Sagrada é uma realidade tardia à consolidação do cristianismo. De fato, havia no movimento cristão chamado primitivo um conjunto de escritos apostólicos, mas não eram considerados textos canônicos autoritativos como o são pela cristandade contemporânea. O Cânon bíblico é formado no quarto século da era cristã, de modo que já existia cristianismo antes que houvesse o que hoje chamamos Bíblia.


Considerei, então, que a verdade a respeito da fé cristã estivesse no testemunho da Igreja, que nasce no Pentecoste. A proclamação dos primeiros cristãos, os documentos gerados, e as experiências comunitárias seriam continentes da verdade. Mas nesse caso, deixaria o cristianismo e a obra de Cristo à mercê das contingências humanas, o que não me agrada, até porque não é o que leio nas Escrituras Sagradas, o que significa que nem mesmo os primeiros cristãos se compreendiam como protagonistas do movimento de Cristo.Fiquei com a mais conservadora das possibilidades: a única verdade a respeito da fé cristã encontra-se em Cristo. O cristianismo prescinde da Igreja, das Escrituras, do Clero, e de qualquer outra realidade que tenha a mínima cooperação humana para sua existência. A única coisa (perdoe o “coisa”) da qual o cristianismo não prescinde é de Cristo.


O cristianismo é obra do Cristo ressurreto e do Espírito Santo. Não é obra do catolicismo, nem do protestantismo. É Cristo quem edifica sua igreja. É o Espírito Santo quem guia a toda a verdade, sendo que o próprio Cristo é a verdade. É Cristo a verdade e é o Espírito Santo quem aproxima e une Cristo aos que são seus. Cristo está aonde as Escrituras ainda não chegaram. Cristo está aonde Igreja ainda não chegou. Cristo está aonde o testemunho da Igreja ainda não chegou.


Eis uma declaração cristã: "a única verdade da fé cristã encontra-se em Cristo".

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Artigo Pastoral: Rev Hernandes Dias Lopes

Eu tenho um sonho!!


O Rev. Martin Luther King Jr., pregou o seu mais famoso sermão para uma grande multidão sobre o tema: “I have a dream”. Seu grande sonho era ver a igualdade de direitos nos Estados Unidos entre brancos e negros. Ele viveu e morreu como mártir por esse sonho. Seu sonho era o sonho de um povo. Sua causa era uma causa que latejava no coração de uma nação.



Todos nós precisamos ter sonhos e ideais pelos quais viver e morrer. O apóstolo Paulo disse, “para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”. Passar pela vida sem um ideal é passar pela vida sem viver. Mas não basta ter um ideal, é preciso ter um ideal digno de Deus. Muitos vivem e morrem por sonhos mesquinhos e egoístas. Para muitas pessoas viver é ganhar dinheiro, é ter conforto, é colecionar diplomas e troféus, é beber todas as taças dos prazeres terrenos. Há muitas pessoas que estão embriagadas por devaneios. Alimentam-se de vaidade, nutrem a alma com a loucura do pecado. Esses, não morrem pelos seus sonhos, mas se preciso for, mentem, corrompem, e matam para realizar seus desejos tresloucados.



Meu sonho é ver a igreja amando ao Senhor de todo o coração, vivendo em alegre comunhão fraternal. Meu sonho é ver os filhos crescendo em obediência aos pais, e os pais criando os filhos na admoestação e disciplina do Senhor. Meu sonho é ver cada pessoa redimida no sangue do Cordeiro, sendo uma testemunha fiel do Evangelho. Meu sonho é ver pastores santos, pregando o Evangelho com fidelidade e no poder do Espírito Santo, trazendo glória ao nome de Deus, salvação para os perdidos e edificação dos crentes. Meu sonho é ver a igreja sendo um oásis para os sedentos, um lugar de refúgio para os cansados, um lugar de encontro para os perdidos, um lugar de vida, para os que estão mortos nos seus delitos e pecados. Meu sonho é ver a igreja investindo vida e recursos para fazer discípulos de todas as nações. É ver a igreja oferecendo o pão da vida para os famintos, a água viva para os sedentos, o remédio de Deus para os enfermos. Meu sonho é ver a igreja cumprindo cabalmente o seu ministério, testemunhando o evangelho da graça, vivendo no poder do Espírito, crescendo em graça e em números a cada dia.



Eu tenho um sonho. Por esse sonho quero viver e morrer. Para ver esse sonho cumprido, quero investir minha vida. Estou certo de que esse não é apenas o meu sonho, mas é o sonho de todos aqueles que amam ao Senhor e desejam viver para a glória do seu nome. Alguém disse, “Quando um ideal é maior do que a vida, vale a pena dar a vida pelo ideal.” Quero viver em Deus, por Deus, e para Deus. Ele deve ser o alfa e o ômega dos nossos sonhos. Dele, por meio dele e para ele são todas as coisas. Ele é o alicerce, o conteúdo e o alvo dos nossos sonhos. Realizar os sonhos do coração de Deus é mais importante do que realizar os nossos sonhos. Por isso, nossos sonhos só são dignos de ser vividos quando eles são os sonhos de Deus!



Rev. Hernandes Dias Lopes.(fonte:hernandesdiaslopes.com.br)

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Artigo Pr André Carvalho- VERDADES SOBRE O DÍZIMO !!

Volta e meia tem acontecido nos mais diversos meios de comunicação uma série de abordagens acerca da prática do dízimo, algumas coerentes outras tendenciosas, enfim, a verdade é que este tema tem sido objeto de muitas discussões .Baseado nesta realidade queremos apresentar neste texto uma abordagem clara, prática e concisa acerca do tema, não vamos fazer abordagens etimológicas ou históricas, somente uma abordagem bíblica pastoral buscando um entendimento acerca do assunto.

Em primeiro lugar precisamos compreender que o dízimo é acima de tudo uma questão de gratidão. O primeiro texto bíblico que relata a entrega do dízimo foi o de Gênesis 14:20, neste texto Abraão entrega ao sacerdote Melquisedeque a décima parte de tudo o que tinha conquistado fruto da vitória sobrenatural contra quatro reis que tinham seqüestrado seu sobrinho Ló e família, de uma forma sobrenatural Deus permitiu que Abraão com apenas trezentos e dezoito homens vencesse aqueles quatro exércitos, salvasse seus familiares e ainda adquirisse ali vários bens. Veja que Abraão entregou o dízimo porque reconhecia o favor de Deus sobre a sua vida, reconhecia que sem uma intervenção sobrenatural ele nunca teria alcançado êxito em sua trajetória, Abraão então entrega o dízimo de livre e espontânea vontade fruto do reconhecimento dos benefícios que o Senhor tinha plantado sobre a sua vida.
Bem, como o ato de dizimar é uma atitude de gratidão que passa pelas mãos de representantes de Deus, no caso de Abraão Melquisedeque, no nosso caso a igreja de Jesus em suas mais diversas expressões, é possível que algum tipo de erro possa acontecer na aplicação destes recursos, se bem que se houverem erros representam uma minoria inexpressiva, porém, um possível erro de aplicação não invalida a necessidade de demonstrarmos atitudes de gratidão a Deus por tantos benefícios que Ele nos tem dado.
Outro fato importante é que o dízimo é uma questão de justiça. Deus é um Deus de justiça, um salmista chega a afirmar : “ Justiça e direito são o fundamento do teu trono; graça e verdade te precedem.” Salmos 89:14. É justo que alguém que recebeu o amor e a graça de Deus através da Igreja oportunize outros a também receberem, é obvio que para que outros possam receber é necessário que as instituições e seus ministros estejam de pé, vigorosas na doutrina e nas finanças. Se estivermos gratos pelo que Deus fez por nós através do Cristo pregado pela Igreja precisamos amá-la e como fruto deste amor praticar o dízimo.
Existem diversos outros fundamentos que poderíamos citar aqui, porém, o que queremos deixar claro é que não deixaremos de pregar as verdades bíblicas por causa de nenhum episódio, minha bíblia continua falando de um Deus que salva, transforma, liberta, dá sentido a vida do ser humano, cuida dos órfãos e das viúvas e nos ensina a gratidão através do dízimo. Cremos em toda a bíblia e continuaremos a pregá-la com toda a força da nossa existência independente das circunstâncias. Um episódio confuso não pode apagar da memória de nosso povo o que milhares de homens de Deus nesta nação tem feito em prol de nossa sociedade.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Artigo Teológico Pr Alcione Emerich


VOCÊ PENSA DIFERENTE DE MIM?


Um dos piores sintomas da religiosidade em nossos dias“Ora, o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças” (Luc 15:25). Assim, que ele vai se aproximando de sua casa, ele escutou algumas coisas “estranhas” aos seus ouvidos: músicas, danças, gritos, festa, etc, e estas lhe trouxeram uma série de questionamentos que fará em seguida. O fato é que a marca dos fariseus era a rigidez. Você sabe que quem pensava diferente deles, corria o risco de morrer. Foi isto que aconteceu com Jesus e com todos os demais discípulos. Quando o irmão mais velho e se depara com um quadro diferente em sua casa, todas estas coisas lhe fizeram muito mau e ele foi obrigado a discordar de cada uma delas.


Os fariseus, na maioria, estavam sempre fechados ao diálogo. O pensamento deles era a verdade, e fim de papo! Esta é também minha preocupação em relação aos evangélicos e líderes da atualidade. Você não acha que neste quesito somos muito parecidos com os fariseus? Você já percebeu também, que em nosso meio, se alguém pensa diferente do outro, praticamente não se pode conviver mais juntos? É muito comum, em nosso meio, os tradicionais criticarem os pentecostais, e igualmente, os pentecostais criticarem os tradicionais. Mesmo dentro de uma denominação específica, discordar de algum ponto, é correr o risco de “perder a cabeça”. Sabe por que? Há “fermento de fariseus” em nossa mentalidade! Esta mesma rigidez teológica e litúrgica do farisaísmo é uma realidade no nosso meio.


Já desde 1994 que tenho visitado as mais diferentes denominações evangélicas deste país e algumas até fora do Brasil. O nosso curso também já formou mais de 1000 pessoas, desde esta data. Eu creio que Deus me deu um ministério inter-denominacional. Mas por que estou dizendo isto? É triste constatar, mas quando vou em qualquer lugar, e quando o pastor me pega no aeroporto, e temos oportunidade para conversamos sobre sua igreja local, sua cidade, etc., sempre surge uma conversa do tipo, “mas pastor Alcione, há um sério problema em nossa região”. Quando o pastor diz isto, ele não precisa nem terminar a conversa porque eu já sei o problema: As igrejas e nem os pastores se unem! O problema é que eles acham que este é um problema apenas da sua região, não sabendo que esta é uma realidade quase que generalizada do evangelho em solo brasileiro: a nossa desunião. Na última viajem que fiz neste fim de semana, numa cidade do Rio de Janeiro, o pastor me disse que em conversa com um funcionário público da região, envolvido na política da cidade e também espírita, ele disse ao pastor, “Mas é incrível como vocês evangélicos não se unem para nada!”. O que responder mediante uma afirmação tão verdadeira como esta?


Você sabe por que temos tanta dificuldade para nos unir-mos? “Fermento dos fariseus”, espírito de religiosidade em nosso meio. Lembre-se que a marca dos fariseus era a rigidez e um pensamento completamente fechado. Mas aprendemos com Jesus e com os demais apóstolos, que tal realidade não se passava assim no primeiro século. Fiquei surpreso com o relato de Lucas, quando ao registrar os primeiros anos de Jesus, descreve um episódio um tanto “embaraçador” para os seus pais. Jesus quando tinha apenas seus doze anos, permaneceu em Jerusalém dialogando com os doutores da lei da época, enquanto seus pais regressavam para a Galiléia. Ao darem-se conta disso, Maria e José voltaram a Jerusalém atrás do seu filho. Ao encontrarem-se, Maria disse a Jesus, “Filho, por que fizeste assim conosco? Teu pai e eu, aflitos, estamos à tua procura” (2:48). Veja a resposta de Jesus, “Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?” (2:49). Sempre vi esta resposta de Jesus aos pais num tom de “mal-criação”. No entanto, diz o versículo adiante, que Jesus “desceu com eles para Nazaré; e era-lhes submisso” (2:51). O fato é que temos aqui duas opiniões divergentes. Maria chamou a atenção de Jesus, e ele deu a ele o seu parecer. Não havia nesta época em dar “opiniões diferentes”. Pensar e falar o que se pensa, mesmo que isto seja diferente do que o líder ou um pai acha, não é rebelião. A Escritura diz que Jesus era-lhes em tudo “submisso”.


Paulo também quando escreveu aos filipenses, dando seu parecer doutrinário em algumas áreas, disse também a esta igreja, “e se, porventura, pensais doutro modo, também isto Deus vos esclarecerá. Todavia, andemos de acordo com o que já alcançamos” (3:15,16). Paulo não disse: Se vocês pensarem diferente, são do capeta! Também não disse, “eu é que sou o certo, se pensarem de outro modo, tratem de mudar de igreja, porque aqui não poderão ficar”. Nada disso, o apóstolo era maduro o suficiente para respeitar opiniões divergentes das suas, que não implicavam as linhas mestras do evangelho. Há uma outra passagem, onde o próprio Paulo emite sua opinião sobre o casamento. Ele achava que era melhor ficar solteiro, para que assim pudesse se servir melhor ao Senhor. “Com respeito às virgens, não tenho mandamento do Senhor; porém, dou minha opinião como tendo recebido do Senhor a misericórdia de ser fiel” (I Cor 7:25). Ele disse, “dou minha opinião”. Paulo não foi execrado por isso, muito embora, a igreja de hoje, ache melhor o pastor ser casado ou o próprio cristão, haja vista a declaração do livro de Gênesis, “não é bom que o homem esteja só” (2:18). Em Atos, vimos Paulo discordar de Barnabé, no início do seu ministério. Veja o relato, “ Alguns dias depois, disse Paulo a Barnabé: Voltemos, agora, para visitar os irmãos por todas as cidades nas quais anunciamos a palavra do Senhor, para ver como passam. E Barnabé queria levar também a João, chamado Marcos. Mas Paulo não achava justo levarem aquele que se afastara desde a Panfília, não os acompanhando no trabalho. Houve entre eles tal desavença, que vieram a separar-se. Então, Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. Mas Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu encomendado pelos irmãos à graça do Senhor. E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas.” (Atos 15:36-41 RA)


Nem Paulo e nem Barnabé foram execrados pela igreja da época, porque divergiram neste ponto em particular, sobre levarem ou não a João Marcos. A igreja respeitou a decisão de ambos. Não creio também que eles tenham se tornados adversários um do outro. Pelo contrário, houve respeito. Isto também deveria acontecer em nosso meio.


Em muitas denominações, falar o que se pensa e divergir de um pensamento, é um ato aberto de rebelião. Desta forma, as pessoas se calam e acabam falando nos bastidores. Eu prefiro estar do lado de alguém que divirja de mim em algum ponto e me fale (e caminhe comigo), do que alguém que acena positivamente a cabeça para tudo que falo, mas por trás ou no seu coração, diz ou pensa exatamente o contrário. Não é problema nenhum o liderado chegar ao líder e dizer, “Meu pastor, neste ponto, pensamos diferente por causa disso, disso e disso...mas saiba que respeito sua liderança, e permaneço fiel a ela e também respeito o seu pensamento”. Lembrem-se pastores: nós não somos “Deus”, por isso nem tudo que falamos é a mais pura verdade. Aceite pensamentos diferentes dos seus, ore acerca disso, só assim poderá crescer e não ser traído lá adiante, por alguém que “aparentemente sempre caminhou ao seu lado”. Seria uma benção se tivéssemos maturidade para isso, mas como você sabe, na maioria das vezes, não é assim que as coisas sucedem-se.


Quando precisei desligar-me de minha denominação de origem, por divergir de alguns pontos, primeiramente, fiz todos os esforços para permanecer lá, mesmo sabendo que não concordávamos em todos os pontos. No entanto, como eu mesmo já previa, pensar diferente no meio evangélico, é ser muito mal visto pela maioria. Constrangido a desligar-me, após ler minha carta de desligamento e agradecer à denominação por tudo que havia aprendido ali com eles, fui saindo por aquele corredor muito constrangido. No meio de mais ou menos uns 60 líderes, não me lembro de ter sido abraçado ou de receber o aperto de mão de não mais que um irmão. Fiquei muito triste. Por que tem que ser assim? Não iremos morar no mesmo céu? O que nos impede de caminharmos juntos e vivermos o amor que Cristo nos ensinou, por discordamos de coisas tão pequenas? Será que no céu moraremos em condomínios fechados e com cerca elétrica, onde quem discorda em algum ponto de nossa teologia não poderá entrar? Não tenho dúvidas de que há “fermento de fariseus” em nosso meio, a religiosidade entrou em nossos corações.


Não sei se concordará com o que vou dizer: Em nosso meio, pensar diferente, é correr o risco de ser tão maltratado como o próprio diabo! (talvez até mais maltratado). Passamos a ser a escória da denominação ou da igreja e tornamo-nos na visão de muitos o pior dos inimigos! Posso estar errado ou até mesmo exagerando, mas esta é a minha impressão pessoal. Dentre as mais de 150 igrejas que já dei seminários de um final de semana, vem-me a mente, uma que precisei viajar longas horas para estar lá. O pastor tinha algumas dificuldades com a teologia da batalha espiritual, mas ainda assim decidiu convidar-me após ler um dos meus livros. Chegando lá, fui muito bem recebido, com toda alegria. Preguei na primeira noite, tudo estava bem, nada contrariou a teologia deste pastor, por isso, ele nos levou para comer fora na primeira noite. O problema começou a partir do segundo ou terceiro dia, quando algumas idéias já não mais batiam. Resultado: ele já não passava para nos levar para comer. No primeiro dia, pedimos um marmitex, no segundo, solicitamos a ele que alguns irmãos nos levassem para comer. No final do seminário, nem foi despedir-se de nós. Eu fiquei muito triste com isso. Porque é tão difícil sabermos respeitar as diferenças e aprender com elas!?


Quero concluir este tópico, dizendo o seguinte. Se tivermos esta mentalidade religiosa tão rígida a ponto de não sabermos reter o bom, respeitar as pessoas, amar os diferentes, saber que não sou o dono da verdade e que o outro pode estar certo e eu errado, cuidado que Deus poderá nos fazer uma grande surpresa. Já imaginou se Deus, nas mansões celestiais, o colocar para morar ao lado de um vizinho egresso de uma denominação ou teologia que mais detestava aqui na terra? Se não suportava, por exemplo, os pentecostais por causa das “línguas estranhas”, já imaginou ter de conviver com seu vizinho falando em línguas o dia todo? Mas se você detestava e criticava os tradicionais pelos hinos cantados das harpas, já pensou ter de conviver com algum deles cantando tais canções o dia todo no seu ouvido, por morarem exatamente ao seu lado? Imagine também você ter de morar ao lado daquele irmãozinho que você odiava por ele ser “amilenista” e não “pré-milenista” como você? Pior: morar ao lado daquele cidadão que acreditava na teologia das maldiçoes, e você o detestava profundamente por causa disso? Quem sabe também morar ao lado daquele teólogo, escritor ou pastor que pregava idéias tão diferentes das suas em alguns pontos (e que você criticava até espumar a boca, a ponto de vê-lo como pior inimigo)? Você irá conseguirá amá-lo?


Saiba: não céu não haverá muros, nem condomínios fechados, nem cercas e talvez nem teto em nossas moradias. Não haverá espaço para se esconder. Você deverá amar e servir a todos!


Pr. Alcione Emerich

*** Extraído do livro, "Desmascarando o Espírito de Religiosidade" - Lanaçamento em Breve



Se você deseja que seu estudo ou artigo seja publicado neste blog mande para o email pr.andrecarvalho@oi.com.br acompanhado de uma foto, seus dados pessoais e igreja e teremos maior prazer em publicá-lo.